O risco da vida

Para a liberdade proporcionada pelo voar, o pássaro precisa abdicar do conforto e segurança que o ninho lhe proporciona. O frescor que a chuva de verão nos possibilita só acontece porque primeiro houve uma tempestade. Para sermos nós - essencialmente nós - precisamos viver. E viver implica em correr riscos.

Um conto chinês


Uma vaca, um chinês, um argentino e muitas lembranças… e assim nasce "Um conto chinês" de Borensztein. Roberto de Cesare é um personagem denso e fragmentado: não carrega apenas o mesmo nome de seu pai, como também suas dores, alimentando memórias de um passado repleto de perdas. Sua vida milimetricamente sistemática é interrompida quando encontra Jun. Apesar dos problemas de comunicação gerados a partir do encontro de duas culturas diametralmente opostas o que os une é a dor da perda. 

Assim como um vaso de porcelana chinês, de grande valia, frágil e de incomensurável beleza, assim também me parece ser a vida.